terça-feira, 20 de outubro de 2015

LUTA PELA TERRA

 Indígenas da etnia  guarani-kaiowá invadiram o distrito de campestre e fazendas da região. Conforme o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), os índios já ergueram acampamentos nas fazendas Primavera, Pedro, Fronteira, Barra e Soberania. “Restam apenas duas para Ñanderu Marangatu ser ocupada na íntegra pelos indígenas. Os guarani-kaiowá exigem do governo a presença da Força Nacional na região”, afirma o órgão. As fazendas pertencem ao ex-prefeito de Antônio João, Dácio Queiroz Silva e seus irmãos. Em nota publicada em seu site, o órgão ligado à igreja católica afirma que das fazendas que formam os 9.700 hectares da área apontada como terra indígena, faltam apenas duas propriedades para serem “retomadas”.

 A reserva dos guarani-kaiowá em Antonio João foi homologada em 2005 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois de duas décadas de luta entre índios e fazendeiros. Naquele mesmo ano, no entanto, o STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu a homologação e o caso está parado há uma década.

 Com a Força Nacional e o DOF (Departamento de Operações de Fronteira), os fazendeiros ligados ao Sindicato Rural de Antonio João se uniram e retomaram, no final da manhã do dia 29 ago 15, a posse de uma das fazendas ocupadas pelos índios Guarani e Kaiowa na semana anterior.


 O Governo Federal determinou o envio de tropas do Exército Brasileiro para as fazendas na região, depois que os fazendeiros conseguiram reaver duas das seis propriedades retomadas pelos indígenas. Durante o confronto, o indígena Kaiowá Guarani Semião Fernandes Vilhalva, 24 anos, foi encontrado morto com tiro na cabeça.

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