📰 Lideranças indígenas se mobilizam em torno de mudanças na FUNAI
Nos últimos dias, uma série de manifestações e reuniões marcaram o debate sobre a coordenação regional da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) em Campo Grande (MS). O tema ganhou destaque após lideranças indígenas expressarem posições diferentes sobre a possível substituição do atual coordenador, Elvis Terena, e a indicação de Dioni Alcântara Batista para o cargo.
🗓️ Início das mobilizações
Na quarta-feira (5), um grupo de cerca de 25 lideranças indígenas — entre caciques, vereadores e representantes das etnias Terena, Kadiwéu, Kinikinau e Atikum — se reuniu na sede da FUNAI para reafirmar apoio à permanência de Elvis Terena.
As lideranças ressaltaram que o atual coordenador mantém diálogo constante com as aldeias e tem promovido melhorias na gestão e execução de projetos comunitários.
🤝 Reunião do Conselho do Povo Terena
No dia seguinte (6), o Conselho do Povo Terena se reuniu com Elvis Terena e apresentou outra posição: a defesa de uma renovação na coordenação.
O Conselho indicou o nome de Dioni Alcântara Batista, liderança indígena reconhecida pela atuação em pautas regionais, como possível substituto. O grupo afirmou que a mudança seria parte de uma reestruturação política interna e que o cargo “não deve ser tratado como permanente”, defendendo alternância e representatividade mais ampla.
✊ Ocupação da sede da FUNAI
Na segunda-feira (10), cerca de 28 caciques de diferentes regiões de Mato Grosso do Sul ocuparam pacificamente a sede da FUNAI em Campo Grande. O ato pedia a manutenção de Elvis Terena até que todas as comunidades fossem ouvidas formalmente.
Durante a ocupação, houve uma votação simbólica e manifestações culturais em defesa do diálogo e da autonomia das decisões indígenas.
Os participantes afirmaram que permaneceriam no local até uma resposta oficial da presidência da FUNAI e do Ministério dos Povos Indígenas (MPI).
⚖️ Panorama e próximos passos
O caso evidencia divergências internas entre grupos indígenas sobre os critérios de escolha da coordenação da FUNAI no Estado.
De um lado, há quem defenda a continuidade da atual gestão por representar estabilidade administrativa e diálogo; de outro, lideranças que desejam renovação e novas representações regionais, como a de Dioni Alcântara Batista.