quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Mobilização Contra Aumento da Tarifa de Ônibus em Campo Grande


Quem viveu junho de 2013 certamente se lembra das manifestações em diversas cidades contra o aumento da tarifa do transporte público. Doze anos depois, a história se repete em Campo Grande: usuários do transporte coletivo voltam a se mobilizar contra o reajuste e prometem protestos.

O movimento, que ocorre tanto dentro dos ônibus quanto nas redes sociais, surgiu após o anúncio do aumento na tarifa operada pelo Consórcio Guaicurus. Coincidência ou não, os R$ 0,20 de reajuste são exatamente o mesmo valor que impulsionou os protestos em 2013.

Reajuste e Insatisfação

Autorizada pela prefeitura na noite de quinta-feira (23), a nova tarifa sofreu um acréscimo de 3,51%, passando de R$ 4,75 para R$ 4,95. A decisão, determinada pela Justiça, ampliou a insatisfação dos usuários, que já reclamavam da má qualidade do serviço prestado pelo Consórcio Guaicurus.

Na última semana, relatos de descaso com os passageiros se multiplicaram. Trabalhadores precisaram voltar para casa a pé, enquanto outros enfrentaram até quatro horas de deslocamento para chegar ao trabalho. Para quem depende do transporte público, a rotina em Campo Grande tem sido cada vez mais difícil.

Mobilização Independente

Desde o anúncio do aumento, usuários organizam protestos nas redes sociais e dentro dos coletivos. A manifestação está marcada para quarta-feira (29), às 18h, no Terminal Morenão.

À frente da mobilização, o servente de obras e estudante de Ciências Sociais Du Mato Benitez, de 34 anos, dedica parte do seu dia à conscientização dos passageiros. Com recursos próprios, sai de casa ao amanhecer para circular entre os terminais e convidar a população para participar do protesto.

“Chego no Terminal Guaicurus às 5h e fico indo e vindo até o Terminal Morenão, convidando as pessoas para a manifestação. Faço isso antes do trabalho, mas outras equipes atuam em horários diferentes”, conta ele, que espera reunir cerca de 100 pessoas no ato.

Benitez, que participou ativamente das manifestações de 2013, acredita que o cenário atual dificulta uma mobilização em larga escala. “Campo Grande tem uma esfera municipal pouco politizada. Há uma predominância de ideias que desvalorizam e criminalizam o povo, e a própria população acaba reproduzindo esse discurso”, avalia.

O Peso dos Reajustes

O aumento da passagem em Campo Grande reflete uma escalada de reajustes ao longo dos anos. Após decisão judicial favorável ao Consórcio Guaicurus, a tarifa subiu para R$ 4,95 na sexta-feira (24), quase o dobro do valor cobrado quando a concessionária assumiu o serviço.

Em 2012, quando o contrato de concessão de R$ 3,2 bilhões foi firmado entre as empresas Cidade Morena, São Francisco, Jaguar e Campo Grande, a tarifa custava R$ 2,50. Desde então, foram 16 aumentos, resultando em um reajuste acumulado de 98%.

Com a insatisfação crescente, resta saber até onde vai a mobilização da população e se, desta vez, a pressão popular trará mudanças.

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

PREOCUPANTE: CEMTEC emite dados relativos às condições climáticas no estado do Mato Grosso do Sul em 2024

   O Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima do Estado do Mato Grosso do Sul, CEMTEC, divulgou nesta segunda feira, 27 de janeiro de 2025, um balanço acerca das variações climáticas por cidades do estado do Mato Grosso do Sul no ano de 2024. 


    Segundo a análise a situação se mostra um tanto quanto preocupante tendo em vista que o ano que se passou se mostrou recordista sob vários aspectos como a crise hídrica da bacia do Rio Paraguai, temperaturas altíssimas, a forte seca que prejudicou em muito as criações de animais, principalmente de gado. Somando esses fatores, e adicionando à ação do homem em queimadas prescritas para limpeza de terrenos mas também criminosas, os ventos fortes nas planícies sopraram incêndios que devastaram campos de pastagens, plantações e principalmente a flora e fauna pantanal com centena de animais mortos.

    É possível notar que o ano de 2024 foi o mais quente durante os últimos 31 anos analisados. Vale destacar que, a temperatura média anual para o estado do MS, conforme os dados climatológicos, é 24,5°C e no ano de 2024, a temperatura média anual estadual foi de 26,1°C. A linha vermelha no gráfico mostra a tendência de temperatura do ar e, por esta análise, é possível observar que os dados indicam uma tendência positiva, ou seja, uma tendência de temperaturas mais altas.  

    Variação de temperaturas de 1994 a 2024



Temperaturas mínimas e máximas  em Mato Grosso do Sul em 2024


    A maior precipitação acumulada em 24 horas, entre os dias 01 de janeiro a 31 de dezembro, ocorreu no município de Aral Moreira/MS com registro de chuva acumulada de 231,2 mm no dia 03 de dezembro de 2024.

Incidências de chuvas em Mato Grosso do Sul em 2024


    Quando analisa-se a tabela como um todo, observa-se que os meses de primavera-verão, ou seja, entre novembro a março são os meses com maior ocorrência de acumulados significativos de chuvas, valores acima de 60 mm/24h. Durante o dia 03 de dezembro, a atuação de uma frente fria favoreceu o tempo instável no estado.



Umidade relativa do ar em Mato Grosso do Sul em 2024


    Vale destacar a criticidade e evolução dos impactos climáticos devido ao aquecimento global e ação humana que influenciam diretamente nessas mudanças que refletem na vida dos cidadãos, economia local, transporte e até mesmo na vida de ribeirinhos e indígenas que habitam remotas regiões do Pantanal Sul Matogrossense. 

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

INCÊNDIO DEVASTA FROTA DE ÔNIBUS EM SIDROLÂNDIA


    Na madrugada de hoje (27), a cidade de Sidrolândia foi palco de um incêndio devastador que destruiu cerca de 15 ônibus pertencentes a um frigorífico local. O fogo, que se alastrou rapidamente, causou enormes danos materiais, afetando diretamente a logística de transporte da empresa e gerando preocupação na comunidade local.
    O fogo, rapidamente, tomou conta dos veículos estacionados em um terreno da empresa. A frota de ônibus, essencial para o transporte de trabalhadores e produtos, foi consumida pelas chamas. Testemunhas relataram ter visto uma densa fumaça negra e ouviram estalos enquanto o fogo atingia os veículos. A situação se agravou ainda mais devido ao calor intenso e à dificuldade das equipes de combate ao incêndio em controlar as chamas.
Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas imediatamente, mas, apesar do esforço, os danos foram consideráveis. De acordo com as primeiras estimativas, cerca de 15 ônibus foram completamente destruídos pelo fogo. Não há informações confirmadas sobre vítimas, mas o pânico tomou conta de quem estava nas proximidades, já que a área era movimentada e havia risco de o incêndio se espalhar para outras partes do terreno.
  A empresa proprietária da frota, um dos maiores frigoríficos da região, ainda não se manifestou oficialmente sobre as causas do incêndio, mas fontes indicam que o incêndio pode ter sido provocado por curto-circuito ou alguma falha no sistema elétrico de um dos veículos. A polícia e o Corpo de Bombeiros estão investigando o incidente para esclarecer as circunstâncias que levaram ao desastre.
    O incêndio também trouxe transtornos para a população local, já que a frota de ônibus era responsável pelo transporte de centenas de trabalhadores diariamente. Sem os veículos, muitos moradores ficaram impossibilitados de se deslocar para suas atividades profissionais e outras demandas cotidianas. A empresa está tomando medidas emergenciais para organizar um plano de contingência, mas ainda não há previsão sobre quando os transportes voltarão à normalidade.
 Além dos prejuízos materiais, o impacto ambiental também é preocupante. A queima de plástico, combustível e outros materiais presentes nos ônibus gerou uma grande quantidade de fumaça tóxica, afetando a qualidade do ar na região. Autoridades locais alertam sobre os possíveis riscos à saúde de quem esteve exposto ao fumo durante o incêndio e reforçam a importância de monitorar possíveis consequências a longo prazo.
    A comunidade de Sidrolândia, embora ainda assustada com o evento, tem se unido para apoiar os trabalhadores que dependem do transporte para suas atividades diárias. Organizações locais estão ajudando na mobilização para alternativas temporárias de transporte enquanto a situação não é resolvida. A população também tem se mostrado solidária com os profissionais que trabalham no frigorífico, muitos dos quais ficaram sem transporte devido à destruição da frota.
    Ainda é cedo para avaliar todos os impactos financeiros e operacionais do incêndio, mas a empresa responsável pela frota terá que lidar com grandes custos para substituir os veículos destruídos. O incidente levanta questões sobre segurança em áreas de armazenamento e manutenção de veículos, e o caso pode servir de alerta para outras empresas da região. A investigação continua e espera-se que nos próximos dias mais informações sejam divulgadas.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

PAGAMENTO DO BOLSA FAMÍLIA

 


A Caixa Econômica Federal paga nesta quinta-feira (23) a parcela de janeiro do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 4.

O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 673,62. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do Governo Federal alcançará 20,48 milhões de famílias, com gasto de R$ 13,8 bilhões.

O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 673,62. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do Governo Federal alcançará 20,48 milhões de famílias, com gasto de R$ 13,8 bilhões.




quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Brasil registra em 2024 aumento de 79% de áreas queimadas

    Entre janeiro e dezembro de 2024, o Brasil registrou um aumento de 79% nas áreas queimadas em comparação ao mesmo período de 2023. Dados divulgados nesta quarta-feira (22) pelo Monitor do Fogo, do MapBiomas, apontam que 30,8 milhões de hectares foram atingidos pelo fogo, uma área superior ao território da Itália e a maior desde 2019.

    Esse aumento corresponde a 13,6 milhões de hectares a mais em relação ao ano anterior. Do total afetado, 73% corresponde a vegetação nativa, principalmente formações florestais.
Segundo os pesquisadores, o crescimento das áreas queimadas está associado ao longo período de seca causado pelo fenômeno El Niño — aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico — entre 2023 e 2024. “Os impactos dessa devastação ressaltam a urgência de ações coordenadas e engajamento em todos os níveis para conter uma crise ambiental exacerbada por condições climáticas extremas, mas desencadeada pela ação humana”, destacou Ane Alencar, coordenadora do MapBiomas Fogo.


Estados mais afetados
    O estado do Pará liderou em áreas queimadas em 2024, com 7,3 milhões de hectares, seguido por Mato Grosso (6,8 milhões) e Tocantins (2,7 milhões). Apenas em dezembro, o Brasil teve 1,1 milhão de hectares queimados — o equivalente a uma área um pouco menor que o território do Líbano.

Impacto nos biomas
    Na Amazônia, 17,9 milhões de hectares foram atingidos pelo fogo, representando 58% da área total queimada no Brasil. Desses, 6,8 milhões de hectares eram de formações florestais, superando a queima de pastagens (5,8 milhões). “O fogo na Amazônia não é um fenômeno natural nem faz parte de sua dinâmica ecológica. Ele é introduzido por ações humanas, e as florestas afetadas tornam-se mais vulneráveis a novos incêndios”, afirmou Felipe Martenexen, pesquisador do MapBiomas Fogo.

    Em dezembro, a Amazônia respondeu por 88% da área queimada no país, com 964 mil hectares consumidos, dos quais 361 mil eram áreas florestais.

    No Cerrado, as queimadas atingiram 9,7 milhões de hectares, sendo 85% de vegetação nativa, principalmente formações savânicas. Comparado a 2023, houve um aumento de 91%, marcando a maior área queimada desde 2019. “O Cerrado, historicamente, evoluiu com o fogo natural, como os causados por raios, mas o aumento recente está ligado a atividades humanas e mudanças climáticas”, explicou Vera Arruda, também do MapBiomas.
Outros biomas afetados incluem o Pantanal (1,9 milhão de hectares), a Mata Atlântica (1 milhão), o Pampa (3,4 mil) e a Caatinga (330 mil).

Fenômeno climático e suas implicações
    No Pampa, a área queimada foi a menor desde o início da série histórica, em 2019, com 3,4 mil hectares. “Esse padrão reflete os fortes efeitos do El Niño, que trouxe grandes volumes de chuva para o sul do Brasil no primeiro semestre de 2024, culminando nas enchentes de maio”, lembrou Eduardo Vélez, pesquisador do MapBiomas.

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Concessão da Hidrovia do Rio Paraguai e suas consequências ao Pantanal


    O Pantanal viveu um ano atípico em 2024, marcado por eventos críticos como escassez hídrica inédita, recordes de incêndios, e o menor nível do Rio Paraguai sendo o pior registro de -69 cm. Nesse contexto, o Governo Federal lançou a concessão da hidrovia do Rio Paraguai, iniciativa que dividiu opiniões entre defensores do meio ambiente e setores econômicos.

    A concessão, que prevê investimentos de R$ 63,7 milhões nos primeiros cinco anos, inclui dragagens e derrocagens para garantir a navegabilidade ao longo de 590 km do rio. Ambientalistas alertam para os riscos dessas intervenções no cenário atual de mudanças climáticas. Estudos apontam que a dragagem pode acelerar a vazão da água, reduzir o período de inundação e comprometer a biodiversidade.

    Sandro Menezes, doutor em Biologia Vegetal, destacou que essas mudanças podem transformar o Pantanal em um Cerrado seco e suscetível a incêndios. Ele afirma que, “em um contexto de eventos climáticos extremos, a dragagem intensifica a seca e afeta toda a biosfera”.Em carta aberta à União, um grupo de 40 cientistas especializados no bioma descreveu como “temerária” a execução de dragagens durante a atual crise hídrica. A carta alertou para a desconexão entre o rio e suas planícies de inundação, com consequências graves para habitats críticos e a biodiversidade.


Eminente extinção do Pantanal

    A principal característica do Pantanal é sua condição de planície alagável, com um regime sazonal de cheias e secas. No entanto, a seca severa de 2024 trouxe um cenário alarmante: lagoas secas, ausência de navegação e recordes de queimadas. O rio atingiu o menor nível nos últimos 124 anos desde quando iniciou-se as medições no ano de 1900. Ambientalistas apontam que, sem as áreas alagadas, o Pantanal perderá sua identidade, transformando-se em um bioma mais seco, semelhante ao Cerrado.

    Renomados cientistas chamam atenção para o risco de colapso do Pantanal, um alerta reforçado por ONG's extremamente atuantes no processo de cultivo, pesquisa e preservação do bioma nativo pantaneiro. Destaca-se que ações para reverter o processo são possíveis, mas terão impacto apenas a médio e longo prazo.

Concessão e riscos ao meio ambiente

    A concessão do Rio Paraguai representa um marco inédito no Brasil. Prevista para durar 15 anos, prorrogáveis, a medida exige investimentos em infraestrutura, compensação ambiental e preservação de patrimônios naturais e culturais.

    A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) indicou que, dos R$ 63 milhões projetados para investimentos iniciais, cerca de metade será destinada às dragagens. Além disso, a empresa responsável pela concessão da hidrovia do Rio Paraguai deverá lidar com comunidades ribeirinhas, terras indígenas e áreas de preservação, garantindo estudos e autorizações ambientais detalhados.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

E A TAXAÇÃO?

 

    Nos últimos meses, a discussão sobre a fiscalização das transações realizadas por meio do sistema de pagamentos instantâneos PIX ganhou destaque no Brasil. Lançado em 2020 pelo Banco Central, o PIX se tornou rapidamente o meio de pagamento mais popular do país, oferecendo transferências rápidas, práticas e sem custos para a maioria dos usuários. No entanto, o governo brasileiro começou a considerar uma abordagem mais rigorosa em relação ao uso do sistema, com o objetivo de identificar transações que possam estar sendo utilizadas para evitar o pagamento de impostos, especialmente no Imposto de Renda.
   A principal preocupação do governo é que o PIX, por ser um sistema de pagamentos instantâneos e de baixo custo, acabou se tornando uma alternativa para algumas pessoas e empresas realizarem transações sem a devida declaração e tributação. Como as transações realizadas via PIX são feitas de forma muito rápida e sem intermediários, o governo acredita que muitas dessas movimentações financeiras poderiam estar sendo usadas para sonegar impostos ou evitar o pagamento de tributos, especialmente o Imposto de Renda de pessoas físicas e jurídicas.
   Em resposta a isso, o governo federal tem buscado formas de aumentar a fiscalização sobre o PIX, sem, no entanto, taxar diretamente as transações. A ideia é monitorar mais de perto os fluxos financeiros realizados por meio do sistema, cruzando informações com as declarações de Imposto de Renda. A proposta não é criar uma nova taxa sobre o uso do PIX, mas sim garantir que as transações realizadas sejam devidamente reportadas às autoridades fiscais, para que não haja omissão de receitas.
   A proposta de maior fiscalização tem gerado resistência entre alguns setores da sociedade, principalmente aqueles que utilizam o PIX de forma regular para realizar transações do cotidiano. Muitos temem que o aumento da fiscalização traga mais burocracia e aumente o risco de erros ou interpretações equivocadas, resultando em multas ou investigações. Além disso, há preocupações de que a medida possa prejudicar os pequenos empreendedores e as pessoas de baixa renda, que utilizam o PIX para pagamentos de serviços e transferências familiares, e que podem ser afetados pela intensificação da fiscalização.
   Por outro lado, o governo argumenta que a fiscalização do PIX é uma medida necessária para combater a sonegação fiscal e aumentar a arrecadação de impostos, especialmente em um momento em que o país enfrenta desafios fiscais e econômicos. O foco é garantir que todas as transações sejam devidamente informadas às autoridades, sem que o sistema de pagamentos perca sua agilidade e facilidade. A intenção é manter a essência do PIX enquanto se busca aumentar a transparência das movimentações financeiras.
   Especialistas também defendem que a fiscalização mais rigorosa pode ser benéfica para o sistema financeiro como um todo, pois ajudaria a identificar fraudes e evitar que o PIX seja utilizado de maneira indevida, como forma de ocultar rendimentos e evitar o pagamento de impostos. No entanto, eles ressaltam que é preciso um equilíbrio, para que a medida não acabe sobrecarregando os usuários com exigências excessivas ou sem a devida orientação.
  Além disso, a fiscalização do PIX pode ser vista como parte de um esforço mais amplo do governo para modernizar a administração tributária e incorporar novas tecnologias no processo de fiscalização. A digitalização das finanças e o aumento do uso de sistemas de pagamento eletrônicos exigem adaptações no modo como os impostos são cobrados e monitorados, e o governo pretende garantir que os sistemas como o PIX sejam transparentes e não sirvam de base para a evasão fiscal.
  Por fim, embora o governo tenha deixado claro que não há intenção de taxar diretamente o uso do PIX, o aumento da fiscalização sobre as transações realizadas por meio do sistema é um tema que ainda gera debates. A medida visa melhorar a coleta de impostos, mas precisa ser implementada de maneira cuidadosa, para não prejudicar o funcionamento do sistema e garantir que a população não seja excessivamente afetada. O futuro dessa fiscalização será, sem dúvida, um tema relevante para os próximos anos.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

ANISTIA NÃO

    O dia 8 de janeiro de 2023 ficará marcado na história do Brasil como um ataque direto às instituições democráticas do país. Imagens de vandalismo e destruição no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal chocaram o mundo e acenderam um alerta sobre os perigos da desinformação, do radicalismo e da intolerância.
   Diante desse cenário, o clamor por *"Anistia Não"* surge como um grito de resistência e defesa da democracia. Mas o que significa esse pedido? Por que é fundamental que os responsáveis pelos atos antidemocráticos enfrentem as consequências legais de seus atos?
   O que está em jogo?
   A democracia brasileira, embora consolidada após décadas de luta, permanece vulnerável a ataques de forças autoritárias. O 08/01 não foi apenas uma manifestação descontrolada; foi uma tentativa de invalidar o processo eleitoral legítimo e instaurar o caos institucional. Anistiar os responsáveis significa abrir precedentes perigosos, dando a entender que a violência política e o desrespeito às leis podem ficar impunes.
    A justiça como pilar da democracia
    Sem justiça, não há democracia. Não se trata de perseguição, mas de garantir que aqueles que planejaram, financiaram e executaram esses atos sejam investigados, julgados e, se culpados, responsabilizados. Essa resposta não é apenas um desejo popular; é um compromisso com o Estado de Direito.
    A Constituição brasileira é clara: ações que atentem contra a ordem democrática são crimes graves. Ignorar isso significa desvalorizar os princípios que sustentam nossa sociedade e enfraquecer o pacto social que nos une como nação.
    O papel da memória e da responsabilidade*
Anistiar significa esquecer. Esquecer a tentativa de golpe, esquecer as cenas de destruição e esquecer as vidas afetadas pela instabilidade política. Para que esses eventos não se repitam, precisamos garantir que as futuras gerações saibam que a democracia não é negociável.
    O Brasil já vivenciou o peso de uma anistia ampla em períodos passados, como durante a ditadura militar. O preço dessa decisão ainda é sentido hoje, com a impunidade pairando sobre graves violações de direitos humanos. Aprendemos com o passado que a justiça é essencial para a reconciliação nacional.
    O futuro em nossas mãos
    Dizer "Anistia Não" não é sobre vingança; é sobre justiça. É garantir que o Brasil continue sendo um país onde a vontade popular expressa nas urnas seja respeitada e onde as diferenças políticas sejam resolvidas no campo das ideias, não da violência.
    É hora de agir com firmeza, responsabilidade e coragem. Proteger a democracia não é apenas um dever das instituições, mas um compromisso de todos os cidadãos brasileiros.
"Anistia não. Justiça, sim. Pelo Brasil, pela democracia e pelo futuro"