segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Campo Grande tem manhã de manifestações pró-Bolsonaro e críticas ao STF com motociata, carreata e discursos na Praça do Rádio

Campo Grande (MS), 3 de agosto de 2025 — A capital sul-mato-grossense foi palco de manifestações democráticas neste sábado (3), reunindo apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e lideranças políticas ligadas à direita conservadora. Os atos ocorreram ao longo da manhã e reuniram centenas de participantes em diferentes pontos da cidade, com motociata, carreata e discursos na Praça do Rádio Clube.

 

A programação teve início às 9h30 com concentração de motociclistas em frente ao Buffet Yotedy. A motociata contou com mais de 300 motocicletas, que percorreram as avenidas da cidade até se somarem à carreata, iniciada por volta das 10h30 na Praça do Rádio. Cerca de 1.500 veículos participaram do buzinaço, que seguiu pela Avenida Afonso Pena até as imediações do Parque das Nações Indígenas. Bandeiras do Brasil, camisetas verde-amarelas e faixas contra o Supremo Tribunal Federal (STF) marcaram o tom do protesto.

No canteiro central da Afonso Pena foi inflado um boneco gigante de Jair Bolsonaro, um dos símbolos visuais do ato. Moradores de prédios ao redor manifestaram apoio ao movimento com bandeiras do Brasil nas sacadas, enquanto um apoiador solitário do presidente Lula (PT) reagia com gestos obscenos e xingamentos.

Os atos foram organizados por lideranças locais, com presença destacada dos deputados federais Marcos Pollon (PL) e Rodolfo Nogueira (PL), do deputado estadual Coronel David (PL), dos vereadores Rafael Tavares (PL) e Ana Portela (PL), além da 1º Suplente de Vereador e líder do movimento JuntosMS, Cassy Monteiro (PL).

 

Durante os discursos, as críticas ao Judiciário, especialmente ao ministro Alexandre de Moraes, dominaram os discursos. O deputado federal Rodolfo Nogueira chamou atenção para a situação dos presos pelos atos de 8 de janeiro, classificando as detenções como injustas. Já Marcos Pollon acusou os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre, de conivência com abusos de poder, e declarou que “eleição sem Bolsonaro é ditadura”. Pollon ainda afirmou que não desistirá de sua luta política, mesmo que isso “lhe custe a carreira”.

Outro momento de destaque foi o discurso do deputado estadual João Henrique Catan, que agradeceu a presença da população e relatou pressões sofridas por desembargadores e juízes para não comparecerem ao ato. “O supremo é o povo”, disse, ao incitar os presentes a gritarem palavras de ordem contra Moraes.

Os manifestantes defenderam a aplicação da Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, considerada por eles um instrumento legítimo para denunciar abusos de autoridade e violações de direitos humanos. A lei, originalmente criada nos Estados Unidos, permite sanções contra indivíduos envolvidos em corrupção e violações de direitos.


 Com forte presença popular e apoio de lideranças políticas locais e nacionais, o ato em Campo Grande fez parte de uma mobilização nacional coordenada por grupos conservadores como o movimento “Reaja Brasil”, que promoveu eventos simultâneos em outras capitais do país.


 Novas manifestações foram convocadas para ocorrer em 7 de setembro de 2025, data com histórico de grandes manifestações da direita e peso simbólico por ser o dia da independência do Brasil. 

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