O Grito dos Excluídos surgiu em 1995, inspirado pela Campanha da Fraternidade, como uma voz contra as desigualdades do Brasil. Realizado todos os anos em 7 de setembro, o movimento propõe um questionamento que ainda ecoa: Independência para quem?
Em diferentes cidades, trabalhadores, estudantes, movimentos sociais e religiosos se unem para reivindicar direitos como moradia, dignidade, justiça social e igualdade. Mais que uma manifestação, o Grito é um espaço de resistência, onde os invisíveis da sociedade encontram voz.
Neste domingo, 7 de setembro de 2025, a tradicional manifestação do Grito dos Excluídos, realizada após o desfile cívico de Independência, foi marcada por momentos de tensão na Rua 13 de Maio, em Campo Grande. Após o desfile cívico, manifestantes foram impedidos de avançar e a Polícia Militar usou spray de pimenta contra o grupo.
Entre os manifestantes estavam autoridades como os deputados Vander Loubet (PT), Zeca do PT, e o superintendente da SPU no MS, Tiago Botelho. Ao tentar passar, Botelho foi atingido por spray de pimenta e já anunciou que pretende processar a corporação nesse episódio.
O protesto, que expressou demandas como “Sem anistia. Eu quero ver Bolsonaro na prisão”, seguiu de forma conturbada. Um participante foi detido por portar um facão, uma enxada e entorpecentes — itens que, segundo o movimento, são comuns em manifestações ligadas à luta popular, ainda que tenham sido desaconselhados neste ato.
O episódio reacende a pergunta que move o movimento desde sua origem: qual é o espaço para a voz dos excluídos no Brasil?


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