quarta-feira, 17 de abril de 2024

O MS não esqueceu de Eldorado dos Carajás

                       (Foto: Nico)
    No aniversário de 28 anos do massacre ocorrido em Eldorado dos Carajás membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam a sede do INCRA em Campo Grande- MS.
    No estado do Mato Grosso do Sul as reinvindicações são por áreas em Sidrolândia, Ponta Porã, Nova Andradina, Corguinho, Itaquiraí, Japorã, Bataiporã e Dourados para destinação a assentamentos para reforma agrária. O movimento também acusa os proprietários das fazendas de trabalho escravo.
    O ato de hoje relembra dos quando 21 trabalhadores rurais ligados ao MST que foram assassinados pela Polícia Militar em Eldorado dos Carajás, no Pará no ano de 1996.Esta data exemplifica a profunda desigualdade no acesso à terra no Brasil e relembra da importância da luta dos movimentos sociais por uma distribuição mais justa dos recursos naturais.
   Naquele momento, o MST, ao ocupar terras improdutivas em busca de reforma agrária, buscava chamar a atenção para a questão da concentração fundiária e da marginalização dos trabalhadores rurais e a resposta desproporcional e autoritária da força policial revela a falta de diálogo e de políticas eficazes para lidar com os conflitos agrários de forma pacífica e justa. O massacre de Eldorado dos Carajás evidenciou a vulnerabilidade dos trabalhadores rurais e a violência estrutural que permeia as relações no campo.
    Após mais de duas décadas, o episódio de Eldorado dos Carajás continua a ecoar como um lembrete sombrio das injustiças sociais e das violações dos direitos humanos no Brasil. É crucial que a sociedade e as instituições governamentais aprendam com essa tragédia e busquem soluções pacíficas e inclusivas para os conflitos agrários, promovendo a justiça social e o respeito aos direitos dos trabalhadores rurais.

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