sexta-feira, 21 de março de 2025

Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave já causaram 67 mortes em MS neste ano

A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) já causou 67 mortes em Mato Grosso do Sul até o dia 15 de março, segundo o boletim epidemiológico mais recente da Secretaria Estadual de Saúde (SES), divulgado nesta quarta-feira (20). O número de óbitos contabiliza vítimas desde 29 de dezembro de 2023, com dois períodos de maior incidência: entre 29 de dezembro e 11 de janeiro e entre 9 e 15 de fevereiro.

Perfil das vítimas

A maior parte dos óbitos ocorreu entre idosos. Pessoas com 80 anos ou mais representam 29,85% das vítimas fatais, seguidas pela faixa etária de 70 a 79 anos (19,4%). Além dos idosos, a SRAG também afetou gravemente adultos mais jovens, sendo a terceira maior incidência entre 40 e 49 anos, que somam 16,42% das mortes.

A distribuição por gênero mostra que 55% das vítimas eram do sexo masculino e 45% do sexo feminino.

Geograficamente, os óbitos se concentraram em três municípios. Campo Grande lidera com 29 mortes, seguida por Ponta Porã (10) e Corumbá (4), que juntas somam mais da metade dos casos fatais no estado.

Causas e agentes infecciosos

Os agentes causadores das síndromes respiratórias foram identificados em parte dos 934 casos de SRAG confirmados até o momento. O rinovírus foi o mais presente, responsável por 38,1% das infecções. O segundo mais detectado foi o SARS-CoV-2, causador da Covid-19, com 32,6% das ocorrências. Já o vírus sincicial respiratório foi identificado em 7,8% dos casos analisados.

Embora esses três vírus tenham sido os mais frequentes, outros patógenos também podem estar relacionados aos casos graves, incluindo a influenza e adenovírus, que frequentemente causam complicações respiratórias severas.

Aumento do risco com a chegada do outono

A mudança de estação é um fator preocupante para especialistas, já que o outono favorece a propagação de vírus respiratórios. O clima mais seco, a maior variação de temperatura e o aumento do tempo em ambientes fechados contribuem para a disseminação dessas doenças.

Diante desse cenário, autoridades de saúde reforçam a importância da prevenção. Recomenda-se a vacinação contra a gripe e a Covid-19, além de medidas como a higienização frequente das mãos, a ventilação de ambientes e o uso de máscaras em locais fechados ou com aglomeração.

A campanha nacional de vacinação contra a influenza deve começar ainda neste mês, conforme previsto pelo Ministério da Saúde. A imunização é especialmente recomendada para grupos de risco, como idosos, crianças, gestantes e pessoas com doenças crônicas.

Especialistas alertam que, além das medidas individuais, é fundamental que a população busque atendimento médico ao apresentar sintomas graves, como falta de ar, febre alta persistente e confusão mental, evitando complicações e a sobrecarga do sistema de saúde.

Nenhum comentário:

Postar um comentário