segunda-feira, 17 de março de 2025

Manifestantes pedem anistia para presos do 8 de janeiro e saída de Lula em Campo Grande

 

Manifestantes reivindicando liberdade para aqueles que foram presos pelos atos de 8 de janeiro

Na manhã deste domingo (16), reuniram-se em manifestação pacífica e ordeira realizada em frente ao Bioparque Pantanal, em Campo Grande – MS, aproximadamente 500 participantes vestidos de verde e amarelo, carregando cartazes e bandeiras do Brasil, expressando sua indignação e reivindicando liberdade para aqueles que foram presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O grupo também exibiu faixas pedindo a saída do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O grupo também exibiu faixas pedindo a saída do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
 Os manifestantes, alguns com roupas estampadas com o rosto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), se posicionaram na calçada do complexo turístico e no canteiro central da Avenida Afonso Pena, onde acenavam para motoristas e motociclistas que passavam pelo local. Um trio elétrico foi utilizado para discursos em defesa da anistia e críticas ao governo federal.

Comparação com a Ditadura Militar

Entre os participantes, destacou-se a defesa da anistia aos detidos, com comparações à anistia concedida a presos políticos durante a Ditadura Militar. Foi argumentado que, historicamente, todos os presos políticos receberam esse benefício, e que negar a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro representaria uma injustiça. Também houve críticas à atual gestão federal, com a alegação de que a situação do país tem se deteriorado e que estudantes universitários enfrentam dificuldades em razão da administração da União.

Participação de políticos

Deputado federal Luiz Ovando (PP) e do vereador André Salineiro (PL)

O protesto contou com a presença do deputado federal Luiz Ovando (PP) e do vereador André Salineiro (PL), ambos apoiadores da pauta da anistia. Ovando argumentou que as penas deveriam ser individualizadas e criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) por, segundo ele, distorcer o ordenamento jurídico. "Aqueles que depredaram patrimônio público devem ser responsabilizados, mas não se pode punir coletivamente", afirmou.

Salineiro, por sua vez, comparou a situação dos presos do 8 de janeiro com penas aplicadas a outros crimes. "Tem gente que participou de uma manifestação e está presa há dois anos, enquanto um traficante pode ser solto em um mês e meio", declarou.

O ato ocorre em um momento de intensificação do debate sobre o futuro dos condenados pelos eventos de 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília. Enquanto apoiadores pedem anistia, o governo e autoridades judiciais defendem a manutenção das penas como forma de garantir a responsabilização dos envolvidos.

Cassy Monteiro, líder do movimento @juntos.ms e idealizadora do @desperteegoverne
 Entre os oradores, destacou-se também Cassy Monteiro, cristã, psicóloga, pós-graduanda em Gestão Pública, primeira suplente de vereador e líder do movimento @juntos.ms, além de idealizadora do @desperteegoverne. Em seu discurso, Cassy defendeu a anistia dos presos e ressaltou a importância da liberdade de expressão e da democracia. Ela enfatizou que a luta não é apenas política, mas também social e moral, buscando justiça para aqueles que foram detidos.

Medo de falar

Presença de cartazes variados, mas sempre com temas ligados à liberdade e críticas ao governo
 Durante a manifestação, um dos presentes, que preferiu não se identificar por temer por sua segurança, procurou a equipe do Planeta Oeste e relatou sua experiência como preso após os eventos de 8 de janeiro. Segundo ele, os momentos vividos na Papuda foram extremamente difíceis, marcados por condições precárias e falta de assistência adequada. Seu depoimento emocionou aos mais próximos que ouviram sua história, reforçando a motivação do movimento para seguir exigindo justiça e transparência.

Novos jogadores estão se apresentando

José Guilherme Bauermeister, Airton Edison de Araujo Neto e Antônio Demétrio Vernochi de Moraes, membros do movimento PARADOXOMS

O ato também marcou a participação de um novo grupo que se uniu à manifestação, o @paradoxoms, composto por jovens universitários cristãos e de direita, pertencentes a várias instituições de ensino superior do Mato Grosso do Sul, incluindo a UFMS e a UNIGRAN. O grupo demonstrou forte engajamento na causa e reforçou a importância da juventude na defesa dos valores conservadores e da democracia.

A mobilização foi caracterizada pela ordem e pelo respeito, sem registros de confrontos ou atos de violência. Os manifestantes permaneceram firmes em seu propósito, pedindo anistia, respeito às liberdades individuais e um país mais justo para todos.


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