sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

A POLÊMICA DA "COTA ZERO"


Nas últimas semanas, trabalhadores, empresários e alguns políticos ligados ao ramo da pesca no Estado do Mato Grosso do Sul têm se mobilizado contra o decreto prometido pelo Governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que estabelece a cota zero sobre a pesca e que inicialmente foi cogitado para esse ano, mas devido à pressão do pessoal que está diretamente ligado ao ramo, foi adiado para o ano de 2020, mas sem uma definição final.


A “cota zero” estabelece que nenhum peixe deve ser retirado dos rios do MS e visa evitar algo que já é visível para quem conhece bem os nossos rios, que é a escassez de peixes e a diminuição do tamanho dos espécimes pescados.

A cota zero gerou dois grupos que são compostos por pessoas que têm a pesca como um meio de vida, seja pela pesca e comércio do peixe ou pelo mercado que está atrelado à pesca, como o turismo, o comércio de iscas e a prestação de serviço (piloteiros ou pirangueiros) e esse comércio afeta a economia de diversos municípios.

Os trabalhadores que são contra a cota zero vêm se organizando e fazendo manifestações e com isso conseguiram essa prorrogação na implantação do decreto, porém suas reivindicações não foram totalmente atendidas e eles continuam sua luta nos seus municípios, seja através de ações ou de debates junto aos prefeitos, vereadores e de políticos do Estado.
Porto Murtinho é um dos municípios mais afetados, tendo em vista a importância que o turismo de pesca tem na sua economia e é lá que os afetados têm feito as principais ações de protesto, fechando a navegação no rio Paraguai por diversas vezes.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

PROTESTO INDÍGENA EM CAMPO GRANDE-MS

    Uma das medidas do governo Jair Bolsonaro, depois de sua posse, foi a transferência de ações de competência da Fundação Nacional do Índio (Funai) para o Ministério da Agricultura. Isto resultou, por exemplo, na demarcação de terras indígenas como tarefa para tal pasta. A medida causou revolta em parcela da comunidade indígena.
    Nesta quinta-feira, 31 de janeiro, cerca de 200 indígenas realizaram um protesto na Praça Ari Coelho, no Centro de Campo Grande-MS. Eles reivindicaram maior proteção de seus direitos e a não integração da demarcação de terra à pasta da Agricultura. 
     Outra reivindicação dos protestantes relaciona-se com a transferência da Funai para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.
     O ato foi fruto de uma articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), e realizado também em outras capitais do país.