Nas
últimas semanas, trabalhadores, empresários e alguns políticos ligados ao ramo
da pesca no Estado do Mato Grosso do Sul têm se mobilizado contra o decreto
prometido pelo Governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que estabelece a cota zero
sobre a pesca e que inicialmente foi cogitado para esse ano, mas devido à
pressão do pessoal que está diretamente ligado ao ramo, foi adiado para o ano
de 2020, mas sem uma definição final.
A
“cota zero” estabelece que nenhum peixe deve ser retirado dos rios do MS e visa
evitar algo que já é visível para quem conhece bem os nossos rios, que é a
escassez de peixes e a diminuição do tamanho dos espécimes pescados.
A
cota zero gerou dois grupos que são compostos por pessoas que têm a pesca como
um meio de vida, seja pela pesca e comércio do peixe ou pelo mercado que está
atrelado à pesca, como o turismo, o comércio de iscas e a prestação de serviço
(piloteiros ou pirangueiros) e esse comércio afeta a economia de diversos
municípios.
Os
trabalhadores que são contra a cota zero vêm se organizando e fazendo
manifestações e com isso conseguiram essa prorrogação na implantação do
decreto, porém suas reivindicações não foram totalmente atendidas e eles
continuam sua luta nos seus municípios, seja através de ações ou de debates
junto aos prefeitos, vereadores e de políticos do Estado.
Porto Murtinho é um
dos municípios mais afetados, tendo em vista a importância que o turismo de
pesca tem na sua economia e é lá que os afetados têm feito as principais ações
de protesto, fechando a navegação no rio Paraguai por diversas vezes.