Atendendo ao que chamam de “clamor popular”, lideranças da direita brasileira anunciaram o ato “Reaja Brasil”, marcado para domingo, 3 de agosto, em todas as capitais do país. A iniciativa, coordenada por figuras conhecidas no campo conservador, tem como objetivo protestar contra o governo Lula (PT), o STF e a PGR, representada pelo procurador-geral Paulo Gonet.
Coordenação e participação
A mobilização é liderada por nomes como o pastor Silas Malafaia (Assembleia de Deus Vitória em Cristo), o senador Magno Malta (PL-ES), os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG), Gustavo Gayer (PL-GO), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e o deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos-SP)
Silas Malafaia confirmou presença na manifestação paulista, que ocorrerá às 14h na Avenida Paulista e afirmou que a convocação veio por pressão nas redes sociais, não por iniciativa inicial das lideranças:
“Desta vez, não vamos pedir a ninguém… foi a pressão popular… com uma enxurrada de pedidos nas redes”
O tema “Reaja Brasil” foi definido pelo deputado Gustavo Gayer
A motivação: medidas contra Bolsonaro
Na sexta-feira, 18 de julho, o ministro Alexandre de Moraes determinou uma operação da Polícia Federal que incluiu mandados de busca na residência de Jair Bolsonaro e em sua sala no PL, acompanhados de medidas cautelares: uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno (19h–6h nos dias úteis e tempo integral aos fins de semana e feriados), proibição de uso de redes sociais e vedação de contato com embaixadas e autoridades estrangeiras, além de outras pessoas investigadas, incluindo seu filho Eduardo Bolsonaro – tudo isso mesmo sem condenação.
Segundo Moraes, há indícios de que Bolsonaro e Eduardo tentaram pressionar governos estrangeiros (especialmente os EUA) a sancionar agentes brasileiros e submeter o STF via "atos hostis e negociações criminosas".
Essas restrições impedem Jair Bolsonaro de sair de casa nos finais de semana, algo que, segundo os coordenadores do ato, motivou a convocação do “Reaja Brasil”.
Conexão com os EUA e Trump
O protesto também se encaixa em um contexto internacional delicado. Na sexta-feira anterior (18/7), o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, anunciou a suspensão de vistos de Alexandre de Moraes, seus aliados no STF e familiares, parte das sanções adotadas após pressão de congressistas pró-Trump.
Estratégia e expectativas
Malafaia, que desde o ano passado vem liderando protestos a favor da anistia aos participantes dos atos de 8 de janeiro e contra decisões do STF, disse que as redes conservadoras foram inundadas com pedidos para essa manifestação.
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