quarta-feira, 15 de outubro de 2025

VOCÊ SABE O QUE É O BANCO VERMELHO?

 

O Banco Vermelho é mais do que uma peça de mobiliário urbano. É um memorial silencioso e, ao mesmo tempo, um grito visual contra a violência de gênero. Instalado em praças, prédios públicos, universidades e locais de grande circulação, o banco pintado de vermelho carrega um propósito nobre: lembrar as vítimas de feminicídio e alertar a sociedade sobre a urgência do combate à violência contra as mulheres.

A origem do movimento remonta à Itália, em 2016, quando o projeto La Panchina Rossa (O Banco Vermelho) foi criado como uma forma de sensibilizar a população sobre o número crescente de mulheres mortas por seus companheiros ou ex-companheiros. A ideia se espalhou rapidamente por outros países, tornando-se um símbolo universal de luta e memória. No Brasil, o movimento ganhou força graças às pernambucanas Andrea Rodrigues e Paula Limongi, que trouxeram o projeto para o país e criaram o Instituto Banco Vermelho.

O simbolismo da cor vermelha é profundo e perturbador. Representa o sangue derramado, a dor e o silêncio imposto às mulheres vítimas de violência doméstica e feminicídio. Ao mesmo tempo, o vermelho também é a cor da força, da coragem e da transformação, evocando a esperança de uma sociedade mais justa e igualitária. Assim, cada banco pintado se torna um lembrete permanente de que a violência contra a mulher não pode ser normalizada nem esquecida.

No Brasil, o movimento ganhou ainda mais visibilidade em 2024, com a aprovação da Lei nº 14.942/2024, que instituiu oficialmente o Banco Vermelho como instrumento de conscientização e memorial público. A lei autoriza a instalação desses bancos em espaços públicos, acompanhados de mensagens educativas e informações sobre canais de denúncia, como o Disque 180, o principal canal nacional de atendimento a mulheres em situação de violência.

Essas instalações também se conectam à campanha Agosto Lilás, mês dedicado ao enfrentamento da violência doméstica e familiar. Ao unir arte, mobilização social e política pública, o Banco Vermelho transforma o espaço urbano em um território de empatia e educação, despertando em quem passa a responsabilidade coletiva de combater o machismo e proteger vidas.

Em muitas cidades brasileiras, os bancos trazem frases marcantes, como “Em memória de todas as mulheres assassinadas pelo machismo” ou “O silêncio mata”. Alguns possuem QR codes que direcionam o público a sites de apoio, legislação e serviços especializados. É uma ação simples, mas de grande impacto simbólico, que transforma o cotidiano em um lembrete visual da luta por respeito e igualdade.

Mais do que uma homenagem, o Banco Vermelho é um convite à reflexão. Ele nos faz pensar sobre o papel de cada pessoa na construção de um ambiente seguro para mulheres e meninas — dentro de casa, nas ruas, no trabalho e em todos os espaços sociais. Cada banco é um ponto de memória coletiva, onde a ausência de uma voz se transforma em presença, e a dor se converte em mobilização.

Em tempos em que os índices de feminicídio ainda assustam, o Banco Vermelho se afirma como uma iniciativa essencial. Ele une o poder simbólico da arte pública à necessidade urgente de mudança cultural. E, enquanto houver uma mulher em risco, o vermelho continuará a brilhar nas praças do país lembrando a todos que nenhuma vida deve ser perdida para o machismo.

Em Campo Grande o Banco Vermelho recebeu uma homenagem especial: ele foi instalado no MPT-MS em memória de Vanessa Ricarte, jornalista servidora assassinada. Esse ato, identificado pela hashtag #JustiçaPorVanessa, reuniu colegas, parentes e a comunidade, que vestiu preto como expressão de luto e apelo por justiça. Como parte desse movimento, foi aprovado na Câmara Municipal o Projeto de Lei nº 12.069/2025, que institui o Programa Banco Vermelho no município de forma permanente, tornando o símbolo mais do que gesto,  uma política pública constante de alerta, conscientização e combate à violência de gênero.

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

A MORENA TA FITNESS

     A Corrida do Pantanal 2025 tomou conta das ruas da Cidade Morena no último fim de semana e transformou Campo Grande em um verdadeiro palco de energia, emoção e superação. Milhares de atletas, desde corredores profissionais até famílias inteiras, participaram das provas de 5 km, 10 km e 21 km, além das categorias caminhada e corrida infantil. O evento, que já é tradição no calendário esportivo sul-mato-grossense, reafirmou seu lugar como uma das maiores corridas de rua do Centro-Oeste.

    Logo nas primeiras horas da manhã, a Cidade Morena despertou ao som das passadas e aplausos. A largada principal da meia-maratona, com percurso de 21 km, aconteceu por volta das 5h30 e percorreu alguns dos cartões-postais mais bonitos da capital, como a Avenida Afonso Pena, o Parque dos Poderes e o Parque das Nações Indígenas. O clima de confraternização tomou conta das ruas, mesmo com o sol forte e as subidas desafiadoras que testaram a resistência dos competidores. A torcida da Cidade Morena vibrou com cada chegada, transformando o evento em uma grande celebração esportiva.

    Mas a Corrida do Pantanal não foi apenas sobre competição. Histórias de superação, amizade e amor pelo esporte emocionaram o público. Casais e famílias correram juntos, pais incentivaram filhos e amigos ajudaram uns aos outros durante o percurso. Em um dos momentos mais marcantes, um pai exausto ouviu o grito do filho “bora, pai!” e encontrou forças para cruzar a linha de chegada sob aplausos, reforçando o caráter festivo e inclusivo do evento. A alegria estampada nos rostos dos corredores e espectadores provou que a Corrida do Pantanal é muito mais que uma prova é uma experiência coletiva de celebração e pertencimento.

    Com mais de 25 mil participantes, a Corrida do Pantanal 2025 mostrou que a Cidade Morena é, sim, um dos grandes centros do esporte nacional. Entre suor, emoção e paisagens encantadoras, Campo Grande mais uma vez deu exemplo de organização e hospitalidade. A corrida foi, acima de tudo, um símbolo da força da comunidade e da paixão do povo sul-mato-grossense pelo movimento e pela vida ao ar livre.

 

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

BIENAL DO LIVRO EM CG

De 4 a 12 de outubro de 2025, o coração do Pantanal se transforma em um grande ponto de encontro da literatura, da arte e da cultura. A capital sul-mato-grossense vai sediar a  Bienal do Livro de Mato Grosso do Sul, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, no Parque dos Poderes, em Campo Grande (MS).

Com entrada gratuita, a Bienal promete ser o maior evento literário já realizado no estado, reunindo editoras, escritores, artistas, educadores e o público leitor em nove dias de intensa programação.

📚 Um festival de livros e ideias

Mais de 200 editoras estarão presentes, com cerca de 20 mil títulos disponíveis e 70 toneladas de livros prontos para encantar leitores de todas as idades. Além das vendas e lançamentos, o evento oferece oficinas, palestras, debates, mostras de cinema, exposições e apresentações culturais, fortalecendo a cena literária e criativa do Mato Grosso do Sul.

✍️ Homenagem a Manoel de Barros

A primeira Bienal presta uma homenagem especial ao poeta Manoel de Barros, um dos maiores nomes da literatura brasileira, cuja obra traduz a essência do Pantanal e o poder poético das pequenas coisas. O evento celebra sua linguagem inventiva e seu legado como símbolo da identidade sul-mato-grossense.

🌿 Cultura, educação e inclusão

A Bienal Pantanal é mais do que um espaço de compra e venda de livros — é um movimento pela leitura, pela diversidade cultural e pela democratização do acesso ao conhecimento. Escolas, universidades, artistas independentes e coletivos culturais terão presença marcante na programação.

📅 De 4 a 12 de outubro de 2025
📍 Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo – Parque dos Poderes, Campo Grande (MS)
🎟️ Entrada gratuita

A literatura vai ocupar Campo Grande!
Participe da Bienal do Livro de Mato Grosso do Sul e viva essa celebração da palavra, da imaginação e do Pantanal.

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Câmara aprova isenção de IR para salários de até R$ 5 mil; alta renda terá aumento na tributação

 


A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira (1º), o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil mensais. O texto, de autoria do governo Lula, foi aprovado por unanimidade, com 493 votos favoráveis — incluindo toda a oposição.

A proposta segue agora para análise do Senado, onde o governo espera manter a ampla maioria obtida na Câmara. Caso seja aprovado, Lula cumprirá uma das principais promessas de campanha.

Quem ganha até R$ 5 mil

Atualmente, a isenção do IRPF vale apenas para rendas de até R$ 3.036. Com a mudança, cerca de 10 milhões de trabalhadores deixarão de pagar imposto.

Faixa intermediária: R$ 5 mil a R$ 7.350

O projeto também prevê descontos progressivos para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350, evitando que trabalhadores com renda logo acima da isenção tenham prejuízo no salário líquido.

Quem vai pagar mais

Para compensar a queda na arrecadação, haverá aumento da taxação sobre os mais ricos. O PL cria uma alíquota mínima para quem recebe acima de R$ 50 mil mensais. Essa taxa sobe gradualmente até chegar a 10% para rendimentos acima de R$ 100 mil.

Hoje, o grupo que está entre os 0,1% mais ricos do país — cerca de 200 mil pessoas, com renda média mensal de R$ 392 mil — paga em média 7,4% de IRPF. Com a nova regra, esse percentual sobe para, no mínimo, 10%.

Profissionais que atuam como pessoa jurídica

Atualmente, rendimentos distribuídos como dividendos são isentos de IRPF. Pela proposta, quem recebe mais de R$ 50 mil mensais em dividendos passará a ser tributado, com incidência mínima de 2,5% e chegando a 10% na faixa mais alta.

Impacto esperado

Segundo estimativas do Ministério da Fazenda, cerca de 10 milhões de brasileiros serão beneficiados com isenção e descontos, enquanto a cobrança extra recairá sobre um pequeno grupo de alta renda — aproximadamente 0,2% da população.

O relator do projeto, deputado Arthur Lira (PP-AL), praticamente manteve o texto do governo, elaborado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Agora, o governo trabalha para que o Senado aprove a proposta rapidamente, garantindo a sanção presidencial ainda em 2025.

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Vale da Celulose impulsiona geração de empregos em Mato Grosso do Sul, mas crescimento traz novos desafios sociais

 

O Vale da Celulose, região criada oficialmente em maio deste ano pela Lei Estadual nº 6.404, já desponta como um dos motores da economia de Mato Grosso do Sul. Marcada pela expansão das plantações de eucalipto e pela instalação de grandes indústrias de celulose, a área formada por 13 municípios registrou a criação de 27.198 empregos formais apenas no primeiro semestre de 2025.

O número impressiona: equivale praticamente à população inteira de Costa Rica (28,7 mil habitantes), segundo estimativa do IBGE.

Saldo positivo de admissões

Entre janeiro e julho, os cinco principais municípios do polo – Água Clara, Bataguassu, Inocência, Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas – contabilizaram 266.041 admissões e 238.843 desligamentos, conforme levantamento da Funtrab (Fundação do Trabalho de MS), com base nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

As vagas surgem em diferentes setores: indústria, comércio, serviços e construção civil. Contudo, a base da expansão está diretamente ligada à cadeia do eucalipto. A ocupação que mais contratou foi a de trabalhador de extração florestal, responsável pelo corte, classificação e reflorestamento. Em seguida aparecem motoristas de caminhão e alimentadores de linha de produção, funções essenciais no funcionamento das fábricas.

Ribas do Rio Pardo: epicentro da transformação

Em Ribas do Rio Pardo, a apenas 98 km de Campo Grande, o impacto da celulose é visível no dia a dia. “Em média, são oferecidas de 250 a 300 vagas todos os dias. E, graças a Deus, tem bastante demanda”, afirma o prefeito Roberson Luiz Moureira (PSDB).

O município, que tinha 23 mil moradores em 2020, já se aproxima dos 30 mil habitantes em 2025. Esse crescimento acelerado trouxe não apenas oportunidades, mas também déficit de moradia, pressão sobre escolas e necessidade de novos serviços urbanos. Para mitigar o problema, a Suzano entregou 954 unidades habitacionais, enquanto outros projetos, incluindo a construção de mais 600 casas, estão em andamento.

De acordo com a Funtrab, entre 2020 e 2025, Ribas registrou 58.868 admissões e 52.803 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 6.065 empregos formais.

Inocência: de pacata a promissora

Com apenas 8,4 mil habitantes, o município de Inocência vivia um cenário de estagnação até pouco tempo atrás – inclusive com saldo negativo de empregos em 2022. O cenário mudou radicalmente com o anúncio da instalação de uma fábrica da chilena Arauco, gigante mundial do setor de celulose.

A pedra fundamental foi lançada em abril de 2025, em cerimônia que contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin. No pico das obras, a previsão é de 14 mil empregos diretos e indiretos. Quando a fábrica entrar em operação, serão seis mil vagas permanentes, transformando a cidade em um novo polo industrial.

Em 2024, antes mesmo da obra, o município já havia registrado saldo positivo de 1.525 empregos, puxados principalmente pelo setor de serviços, que se aqueceu com a expectativa do empreendimento.

Bataguassu: investimento bilionário da Bracell

Outra cidade que deve ter sua economia redesenhada é Bataguassu, com 23 mil habitantes. O município receberá a nova fábrica da Bracell, fruto de um investimento de R$ 16 bilhões.

Durante a fase de construção, a previsão é de 12 mil empregos diretos e indiretos, com expectativa de movimentar não apenas o mercado de trabalho, mas também o setor imobiliário e de serviços. Quando entrar em operação, a unidade deve gerar cerca de 2 mil postos permanentes.

Estruturação do polo regional

Além de Ribas do Rio Pardo, Inocência e Bataguassu, o Vale da Celulose reúne os municípios de Água Clara, Aparecida do Taboado, Brasilândia, Cassilândia, Nova Alvorada do Sul, Paranaíba, Santa Rita do Pardo, Selvíria e Três Lagoas.

A inclusão desses municípios consolida a região como um dos principais polos de geração de emprego e renda de Mato Grosso do Sul, ampliando a relevância do Estado no mapa nacional da celulose – setor estratégico para exportações brasileiras.

Crescimento econômico e desafios sociais

O ritmo acelerado do desenvolvimento, porém, vem acompanhado de novos desafios. A rápida urbanização pressiona serviços básicos como saúde, educação, transporte e habitação. Autoridades locais e estaduais têm buscado parcerias com as próprias empresas do setor para investir em infraestrutura.

De acordo com especialistas, a região caminha para se tornar um dos maiores complexos florestais e industriais do país, mas a consolidação do polo dependerá do equilíbrio entre crescimento econômico e sustentabilidade social.

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Em alerta da Defesa Civil, na cidade de Campo Grande celulares irão tocar

 O teste faz parte de um projeto nacional busca salvar vidas em casos de tempestades, alagamentos e outros desastres naturais.


No próximo sábado (27), às 14h, celulares de moradores de Campo Grande vão tocar um alerta sonoro da Defesa Civil. O teste faz parte de um projeto nacional para prevenir mortes em casos de tempestades, alagamentos e outros desastres naturais.

O aviso será emitido em volume alto, mesmo se o celular estiver no modo silencioso. A Defesa Civil reforça que não será necessário pedir ajuda.

Campo Grande foi escolhida para integrar o projeto nacional da Defesa Civil, que testa novas formas de alertar a população em situações de risco.

Durante o teste, a mensagem que aparecerá nos celulares (Android e iOS) informará de forma clara que se trata apenas de uma simulação, para evitar confusão.

O sistema usado é o Cell Broadcast, tecnologia que envia mensagens de emergência para todos os celulares ativos na área, mesmo em modo silencioso. O alerta será disparado pela Defesa Civil Nacional.



“É natural que o som cause estranhamento, mas pedimos calma. Basta clicar em ‘OK’ para confirmar o recebimento da mensagem. Esse simples gesto ajuda a aprimorar o sistema, que no futuro pode fazer a diferença em situações reais de perigo”, disse o coordenador da Defesa Civil em Campo Grande, Enéas de Carvalho Netto.

A Defesa Civil pede que a população não ligue para os telefones de emergência — 192 (SAMU), 193 (Bombeiros) e 199 (Defesa Civil) — durante o teste, para não atrapalhar atendimentos reais.

O Cell Broadcast já é usado em outros países para avisos de terremotos, tsunamis e até conflitos armados. No Brasil, o sistema já foi testado no Rio Grande do Sul e em áreas litorâneas com risco de deslizamentos.

Veja mais em:

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segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Manifestação pela democracia reúne centenas em Campo Grande


Na manhã deste domingo, a Praça Ary Coelho, em Campo Grande (MS), foi palco de um ato em defesa da democracia e da responsabilização de quem atenta contra o Estado de Direito. Centenas de cidadãos se reuniram no centro da capital para reafirmar que justiça e memória são fundamentais para que episódios de violência política não se repitam.

Com faixas, cartazes e músicas, manifestantes lembraram que o país precisa de instituições fortes, capazes de investigar e julgar de forma justa todos os que ameaçam a ordem democrática. O encontro teve a participação de coletivos, sindicatos, movimentos sociais e famílias, que reforçaram a importância de participação popular na defesa das liberdades e conquistas sociais.

“A democracia só se mantém viva quando a sociedade se mobiliza. Hoje mostramos que Campo Grande também está atenta e quer um futuro mais seguro e plural”, disse uma das pessoas presentes.

O ato encerrou-se em clima pacífico, com gritos de "Sem anistia a golpistas!" e "Bolsonaro na prisão"  além de palavras de incentivo para que a população siga vigilante e comprometida com os valores democráticos

domingo, 7 de setembro de 2025

✊ O Grito dos Excluídos: história de resistência


O Grito dos Excluídos surgiu em 1995, inspirado pela Campanha da Fraternidade, como uma voz contra as desigualdades do Brasil. Realizado todos os anos em 7 de setembro, o movimento propõe um questionamento que ainda ecoa: Independência para quem?

Em diferentes cidades, trabalhadores, estudantes, movimentos sociais e religiosos se unem para reivindicar direitos como moradia, dignidade, justiça social e igualdade. Mais que uma manifestação, o Grito é um espaço de resistência, onde os invisíveis da sociedade encontram voz.


Neste domingo, 7 de setembro de 2025, a tradicional manifestação do Grito dos Excluídos, realizada após o desfile cívico de Independência, foi marcada por momentos de tensão na Rua 13 de Maio, em Campo Grande. Após o desfile cívico, manifestantes foram impedidos de avançar e a Polícia Militar usou spray de pimenta contra o grupo.

Entre os manifestantes estavam autoridades como os deputados Vander Loubet (PT), Zeca do PT, e o superintendente da SPU no MS, Tiago Botelho. Ao tentar passar, Botelho foi atingido por spray de pimenta e já anunciou que pretende processar a corporação nesse episódio.

O protesto, que expressou demandas como “Sem anistia. Eu quero ver Bolsonaro na prisão”, seguiu de forma conturbada. Um participante foi detido por portar um facão, uma enxada e entorpecentes — itens que, segundo o movimento, são comuns em manifestações ligadas à luta popular, ainda que tenham sido desaconselhados neste ato.

O episódio reacende a pergunta que move o movimento desde sua origem: qual é o espaço para a voz dos excluídos no Brasil?

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

ETAPAS DO JULGAMENTO DE BOLSONARO E SEUAS ALIADOS: O QUE ESPERAR ESTA SEMANA NO STF?


O Supremo Tribunal Federal (STF) começa, nesta terça-feira (2), um dos julgamentos mais aguardados da história recente do país. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus respondem por suposta participação na tentativa de golpe de Estado ocorrida após as eleições de 2022.

Entre os acusados estão nomes de peso do governo anterior, como os generais Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira e Augusto Heleno, o almirante Almir Garnier, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) atribui ao grupo a formação de um “núcleo crucial” da trama golpista, que teria atuado para minar o resultado das eleições e articular medidas contra o Estado Democrático de Direito.

Os crimes em julgamento

Os réus respondem por uma série de acusações graves:

  • Tentativa de golpe de Estado

  • Organização criminosa armada

  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito

  • Dano qualificado

  • Deterioração de patrimônio tombado

Como será o julgamento

O processo será conduzido pela Primeira Turma do STF, em um total de oito sessões já programadas. O rito inclui a leitura do relatório, a manifestação da PGR, as sustentações orais das defesas e, por fim, a votação dos ministros.

Todas as etapas poderão ser acompanhadas ao vivo pela TV Justiça, pelo canal oficial do STF no YouTube e por emissoras de televisão, como a CNN Brasil. O esquema de segurança em Brasília foi reforçado para garantir a tranquilidade das sessões.

Programação das sessões

As sessões acontecem nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro, sempre em turnos da manhã e, em alguns dias, também no período da tarde. A expectativa é que o julgamento seja concluído no dia 12 de setembro, mas há possibilidade de prorrogação caso ocorram pedidos de vista ou embargos.

A SEGUIR UMA TABELA PARA QUE POSSA ACOMPANHAR OS EVENTOS:





segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Campo Grande tem manhã de manifestações pró-Bolsonaro e críticas ao STF com motociata, carreata e discursos na Praça do Rádio

Campo Grande (MS), 3 de agosto de 2025 — A capital sul-mato-grossense foi palco de manifestações democráticas neste sábado (3), reunindo apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e lideranças políticas ligadas à direita conservadora. Os atos ocorreram ao longo da manhã e reuniram centenas de participantes em diferentes pontos da cidade, com motociata, carreata e discursos na Praça do Rádio Clube.

 

A programação teve início às 9h30 com concentração de motociclistas em frente ao Buffet Yotedy. A motociata contou com mais de 300 motocicletas, que percorreram as avenidas da cidade até se somarem à carreata, iniciada por volta das 10h30 na Praça do Rádio. Cerca de 1.500 veículos participaram do buzinaço, que seguiu pela Avenida Afonso Pena até as imediações do Parque das Nações Indígenas. Bandeiras do Brasil, camisetas verde-amarelas e faixas contra o Supremo Tribunal Federal (STF) marcaram o tom do protesto.

No canteiro central da Afonso Pena foi inflado um boneco gigante de Jair Bolsonaro, um dos símbolos visuais do ato. Moradores de prédios ao redor manifestaram apoio ao movimento com bandeiras do Brasil nas sacadas, enquanto um apoiador solitário do presidente Lula (PT) reagia com gestos obscenos e xingamentos.

Os atos foram organizados por lideranças locais, com presença destacada dos deputados federais Marcos Pollon (PL) e Rodolfo Nogueira (PL), do deputado estadual Coronel David (PL), dos vereadores Rafael Tavares (PL) e Ana Portela (PL), além da 1º Suplente de Vereador e líder do movimento JuntosMS, Cassy Monteiro (PL).

 

Durante os discursos, as críticas ao Judiciário, especialmente ao ministro Alexandre de Moraes, dominaram os discursos. O deputado federal Rodolfo Nogueira chamou atenção para a situação dos presos pelos atos de 8 de janeiro, classificando as detenções como injustas. Já Marcos Pollon acusou os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre, de conivência com abusos de poder, e declarou que “eleição sem Bolsonaro é ditadura”. Pollon ainda afirmou que não desistirá de sua luta política, mesmo que isso “lhe custe a carreira”.

Outro momento de destaque foi o discurso do deputado estadual João Henrique Catan, que agradeceu a presença da população e relatou pressões sofridas por desembargadores e juízes para não comparecerem ao ato. “O supremo é o povo”, disse, ao incitar os presentes a gritarem palavras de ordem contra Moraes.

Os manifestantes defenderam a aplicação da Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, considerada por eles um instrumento legítimo para denunciar abusos de autoridade e violações de direitos humanos. A lei, originalmente criada nos Estados Unidos, permite sanções contra indivíduos envolvidos em corrupção e violações de direitos.


 Com forte presença popular e apoio de lideranças políticas locais e nacionais, o ato em Campo Grande fez parte de uma mobilização nacional coordenada por grupos conservadores como o movimento “Reaja Brasil”, que promoveu eventos simultâneos em outras capitais do país.


 Novas manifestações foram convocadas para ocorrer em 7 de setembro de 2025, data com histórico de grandes manifestações da direita e peso simbólico por ser o dia da independência do Brasil. 

quinta-feira, 31 de julho de 2025

Manifestantes de direita realizam protesto em Campo Grande com churrasco e apoio de lideranças políticas

Campo Grande (MS), 30 de julho de 2025 – Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e integrantes da direita campo-grandense realizaram na noite desta terça-feira (30) uma manifestação na Avenida Afonso Pena, nas imediações do Ministério Público da União (MPU). O ato, que durou das 17h30 às 20h, reuniu cerca de 30 pessoas e foi marcado por um buzinaço, adesivaço e discursos contrários ao governo federal e ao Supremo Tribunal Federal (STF). O protesto, que teve caráter pacífico, foi marcado por um churrasco simbólico e ações de apoio à imposição da chamada Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Organizado pelo vereador Rafael Tavares (PL), o ato contou com a presença do deputado federal Marcos Pollon (PL), da vereadora Ana Portela (PL) e da primeira suplente de vereadora e liderança do movimento JuntosMS, Cassy Monteiro (PL). Também esteve presente Júnior, assessor do deputado Rodolfo Nogueira (PL).

Durante a manifestação, os participantes distribuíram adesivos e exibiram faixas com os dizeres “Fora Moraes” e “Fora Lula”, expressando críticas tanto ao Judiciário quanto ao governo federal. Motoristas que transitavam pela avenida demonstraram apoio ao movimento com buzinaços, enquanto membros do protesto promoviam um “adesivaço” em veículos.

O protesto também serviu como mobilização para o grande ato nacional do dia 3 de agosto, convocado pelo movimento "Reaja Brasil" e que ocorrerá simultaneamente em várias capitais. Em Campo Grande, a programação contará com uma motociata, organizada pelo deputado estadual Capitão Contar (PRTB), com concentração marcada para as 9h30 em frente ao Buffet Yotedy, seguida por uma manifestação às 10h na Praça do Rádio Clube, no centro da capital.

Em declaração ao Planeta Oeste, o vereador Rafael Tavares afirmou:

“A aplicação da Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes é um passo fundamental. A partir desse movimento simbólico, esperamos mudanças reais no país.”

A Lei Magnitsky Global, aprovada originalmente pelos Estados Unidos em 2012, permite sanções econômicas e restrições de visto a indivíduos acusados de corrupção ou violações de direitos humanos. No Brasil, ela tem sido usada como ferramenta simbólica pela direita para denunciar supostos abusos cometidos por autoridades do Judiciário.

O assessor Júnior, representando o deputado Rodolfo Nogueira, destacou a importância de união entre os conservadores no país: “É uma sinalização positiva, mas se a direita não se unir, dificilmente conseguirá enfrentar uma esquerda que há décadas sabe se organizar para se manter no poder”.

Cassy Monteiro, liderança do movimento conservador JUNTOSMS, reforçou a importância da mobilização:

“O povo precisa estar nas ruas. Esperamos que essa energia se amplifique no próximo dia 3, quando faremos uma manifestação histórica.”

O evento do dia 3 de agosto está sendo mobilizado por lideranças locais ligadas ao conservadorismo e ao bolsonarismo, com expectativa de maior adesão popular e presença de parlamentares.









segunda-feira, 28 de julho de 2025

Manifestação da direita reúne cerca de 50 pessoas em protesto pacífico na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande

 

Campo Grande (MS) – 25/07/2025

Na tarde desta quinta-feira (25), cerca de 50 pessoas se reuniram nas imediações do Ministério Público da União (MPU), na Avenida Afonso Pena, para participar de um protesto promovido por lideranças da direita sul-mato-grossense. A ação integra a mobilização nacional intitulada “Reaja Brasil”, que vem ganhando força em todo o país em meio a críticas crescentes ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR).

O ato teve início por volta das 17h30 e se estendeu até as 19h30, com o uso de estratégias como buzinaço e adesivaço, chamando a atenção de quem circulava pela região central da cidade. Segundo os organizadores, mais de 2.000 adesivos com mensagens políticas foram distribuídos. O protesto foi pacífico e contou com o apoio visível de motoristas, que buzinavam em solidariedade aos manifestantes.

A ação foi articulada pelo vereador Rafael Tavares (PL), figura de destaque no legislativo municipal por sua atuação conservadora e sua ligação direta com movimentos bolsonaristas. Tavares tem sido um dos principais articuladores da pauta do "Reaja Brasil" em Mato Grosso do Sul e recentemente intensificou suas ações públicas contra decisões do STF e medidas do governo federal.

Também participaram da mobilização a vereadora Ana Portela (PL), alinhada a pautas de direita com ênfase em segurança e liberdade religiosa; o vereador André Salineiro (PL), com histórico de atuação na área da transparência e fiscalização de recursos públicos; e a ativista Cassy Monteiro, representante do movimento JuntosMS e 1º suplente de vereador. O grupo que tem se destacado por mobilizações de rua em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Por volta das 18h30, um grupo de manifestantes se deslocou até o viaduto nas imediações da academia BlueFit, onde estenderam faixas com dizeres como “Fora Lula”, “Fora Moraes” e “Reaja Brasil”.

Princípio de tumulto

Apesar do ambiente majoritariamente pacífico, o protesto registrou um princípio de tumulto após a passagem do economista Renato Gomes, que, de dentro de seu veículo, teria proferido ofensas contra os manifestantes, conforme relatos de testemunhas. Gomes, que se apresenta em seu perfil no Instagram como pré-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, não desceu do carro e deixou o local em seguida. O episódio gerou uma reação verbal de alguns manifestantes, mas foi rapidamente contido sem necessidade de intervenção policial.

Próximos atos e contexto nacional

O protesto em Campo Grande faz parte de uma série de ações de aquecimento para o ato nacional programado para o dia 3 de agosto, chamado oficialmente de “Reaja Brasil”. A mobilização, convocada por lideranças políticas e religiosas ligadas à direita, como Silas Malafaia, Magno Malta, Nikolas Ferreira, Gustavo Gayer e outros parlamentares do PL e Republicanos, ocorrerá simultaneamente em todas as capitais do país. Em São Paulo, a concentração está marcada para às 14h, na Avenida Paulista.

A mobilização tem como objetivo protestar contra o que os organizadores classificam como “abuso de poder” por parte do STF, especialmente após a imposição de medidas cautelares contra Jair Bolsonaro, como uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar e proibição de contato com diplomatas.

Em Mato Grosso do Sul, a expectativa é de mobilizações também em cidades como Dourados, Três Lagoas e Corumbá, embora detalhes ainda estejam sendo confirmados pelas lideranças locais. O vereador Rafael Tavares, que vem liderando os preparativos no estado, afirma que novos atos devem ser anunciados em breve pelas redes sociais.

quinta-feira, 24 de julho de 2025

Manifestantes realizam adesivaço em apoio a Bolsonaro em Campo Grande - Mobilização ocorre após determinação do STF impor uso de tornozeleira eletrônica e medidas cautelares ao ex-presidente

 

Um grupo de manifestantes promoveu, na noite desta quarta-feira (23), um adesivaço na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande (MS), em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ação integra uma série de mobilizações organizadas por apoiadores após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs ao ex-presidente o uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares no âmbito de investigação conduzida pela Polícia Federal.

O ato, realizado em frente ao shopping Campo Grande, na principal via da capital sul-mato-grossense, contou com a presença de cerca de 45 pessoas, que distribuíram adesivos com mensagens como “Fora Lula”, “#ForaMoraes” e pedidos de anistia. A manifestação começou por volta das 18h e terminou por volta das 19h30.

A vereadora Ana Portela (PL), presente no local, classificou a situação de Bolsonaro como “perseguição política” e destacou o voto divergente do ministro Luiz Fux, que se posicionou contra as medidas cautelares. “Esse movimento é genuíno, vem do povo que está inconformado”, afirmou.

Também presente, o vereador Rafael Tavares (PL) declarou que o protesto faz parte de uma mobilização nacional organizada por apoiadores do ex-presidente. Segundo ele, a expectativa é de que o movimento ganhe força nas próximas semanas. “Não existe democracia sem oposição”, disse, ao criticar as medidas judiciais impostas a Bolsonaro. Tavares também cobrou posicionamento público de políticos de direita, afirmando que, nas eleições de 2026, irá lembrar os nomes de quem se omitiu neste momento.

Estratégia nacional

Na última segunda-feira (21), o Partido Liberal anunciou três metas voltadas à mobilização em defesa de Jair Bolsonaro. Entre as ações previstas estão manifestações em diversas cidades até o dia 3 de agosto, quando deve ocorrer um buzinaço em Campo Grande.

Outra prioridade definida pela legenda é a defesa da anistia para os envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro de 2023, além do apoio à PEC 333, que propõe o fim do foro por prerrogativa de função para crimes comuns. A proposta deverá ser discutida no Congresso após o recesso parlamentar, segundo informou o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

Medidas judiciais

Jair Bolsonaro foi alvo de operação da Polícia Federal na última sexta-feira (18), autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes. As medidas incluem o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno (das 19h às 7h) e nos fins de semana, proibição de contato com outros investigados, incluindo seu filho, deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e restrições ao uso de redes sociais e à aproximação de embaixadas.

Segundo a investigação, as medidas visam prevenir possíveis ações de coação no curso do processo, obstrução de justiça e risco à soberania nacional. A operação ocorreu após parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR) e incluiu mandados de busca e apreensão em imóveis de Bolsonaro em Brasília e no Rio de Janeiro, além da sede do PL.

Durante a ação, a PF apreendeu cerca de US$ 14 mil em espécie na residência do ex-presidente. O montante está sendo analisado para verificar eventual relação com tentativa de fuga.

A defesa de Bolsonaro divulgou nota informando que ele “recebeu com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas” e ressaltou que “sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário”. Até o momento, o partido não se manifestou oficialmente sobre a operação. As medidas judiciais integram a Petição nº 14129, em tramitação no STF.

segunda-feira, 21 de julho de 2025

“Reaja Brasil” promete ocupar as ruas das capitais em 3 de agosto

 Atendendo ao que chamam de “clamor popular”, lideranças da direita brasileira anunciaram o ato “Reaja Brasil”, marcado para domingo, 3 de agosto, em todas as capitais do país. A iniciativa, coordenada por figuras conhecidas no campo conservador, tem como objetivo protestar contra o governo Lula (PT), o STF e a PGR, representada pelo procurador-geral Paulo Gonet.

Coordenação e participação

 

A mobilização é liderada por nomes como o pastor Silas Malafaia (Assembleia de Deus Vitória em Cristo), o senador Magno Malta (PL-ES), os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG), Gustavo Gayer (PL-GO), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e o deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos-SP)

Silas Malafaia confirmou presença na manifestação paulista, que ocorrerá às 14h na Avenida Paulista e afirmou que a convocação veio por pressão nas redes sociais, não por iniciativa inicial das lideranças:

“Desta vez, não vamos pedir a ninguém… foi a pressão popular… com uma enxurrada de pedidos nas redes”

O tema “Reaja Brasil” foi definido pelo deputado Gustavo Gayer 

A motivação: medidas contra Bolsonaro

Na sexta-feira, 18 de julho, o ministro Alexandre de Moraes determinou uma operação da Polícia Federal que incluiu mandados de busca na residência de Jair Bolsonaro e em sua sala no PL, acompanhados de medidas cautelares: uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno (19h–6h nos dias úteis e tempo integral aos fins de semana e feriados), proibição de uso de redes sociais e vedação de contato com embaixadas e autoridades estrangeiras, além de outras pessoas investigadas, incluindo seu filho Eduardo Bolsonaro – tudo isso mesmo sem condenação.

Segundo Moraes, há indícios de que Bolsonaro e Eduardo tentaram pressionar governos estrangeiros (especialmente os EUA) a sancionar agentes brasileiros e submeter o STF via "atos hostis e negociações criminosas".

Essas restrições impedem Jair Bolsonaro de sair de casa nos finais de semana, algo que, segundo os coordenadores do ato, motivou a convocação do “Reaja Brasil”.

Conexão com os EUA e Trump

O protesto também se encaixa em um contexto internacional delicado. Na sexta-feira anterior (18/7), o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, anunciou a suspensão de vistos de Alexandre de Moraes, seus aliados no STF e familiares, parte das sanções adotadas após pressão de congressistas pró-Trump.

Estratégia e expectativas

 

 Os coordenadores veem o ato de 3 de agosto como um “termômetro” do poder de mobilização da base bolsonarista diante dos desdobramentos jurídicos: STF, PGR, e possibilidade de condenações ou inelegibilidade. Nas redes, Eduardo Bolsonaro já sugeriu que “talvez esteja na hora de voltarmos às ruas”.

Malafaia, que desde o ano passado vem liderando protestos a favor da anistia aos participantes dos atos de 8 de janeiro e contra decisões do STF, disse que as redes conservadoras foram inundadas com pedidos para essa manifestação.

 

UMA CARTA ABERTA AO POVO


    Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) chega a julho de 2025 com quatro décadas de resistência ativa e luta coletiva em defesa da terra, da reforma agrária e da soberania nacional. Fundado em 1984, o MST nasceu do inconformismo de camponeses expulsos de suas terras e privados do direito à dignidade. Desde então, se consolidou como uma das maiores organizações populares da América Latina, assentando mais de 450 mil famílias e construindo territórios produtivos, democráticos e voltados ao bem comum.
    Hoje, seguimos em luta para ecoar nossa voz em todo o Brasil. Nossa causa se conecta com o sentimento do povo brasileiro e com o compromisso do presidente Lula na defesa da soberania nacional, cada vez mais ameaçada pelas ações imperialistas lideradas por governos como o de Donald Trump. Mas também denunciamos que a soberania nacional é atacada internamente, com a submissão do campo às empresas transnacionais e com um Congresso capturado por interesses do agronegócio e da mineração.A Reforma Agrária Popular, que defendemos com firmeza, é um instrumento essencial para resgatar a autonomia nacional. O agronegócio, que se apresenta como solução, é na verdade um modelo entreguista, antipatriótico e destruidor do meio ambiente. Em contrapartida, nós defendemos a agricultura camponesa, agroecológica e solidária, capaz de garantir soberania alimentar ao povo brasileiro e de cuidar dos bens comuns da natureza.Por isso, o MST vai às ruas para exigir terra, moradia, crédito, educação e políticas públicas estruturantes que fortaleçam os assentamentos e deem dignidade às mais de 122 mil famílias ainda acampadas em 1.250 locais pelo país. São trabalhadores e trabalhadoras que querem produzir, viver com dignidade e contribuir para o desenvolvimento justo do Brasil. Ao mesmo tempo, mais de 400 mil famílias assentadas aguardam o mínimo de atenção do Estado para acesso ao crédito, à comercialização e à educação.Após três anos de governo Lula, a Reforma Agrária segue estagnada. 
    Nos perguntamos, com a esperança que ainda pulsa: Lula, cadê a Reforma Agrária? O INCRA e o MDA têm apresentado lentidão, orçamentos insuficientes e falta de articulação com as reais necessidades das famílias camponesas. Enquanto isso, cresce o desânimo nos territórios, e os conflitos sociais se aprofundam. Repudiamos o avanço de propostas legislativas que atacam diretamente os movimentos populares e os povos do campo. O chamado “PL da Devastação” (PL 2.169/2021), a proposta de repressão sem ordem judicial (PL 8262/2017) e a manutenção da Instrução Normativa nº 112 do governo anterior, que autoriza mineração em assentamentos, são exemplos do retrocesso institucional em curso. Esses ataques desrespeitam direitos fundamentais, criminalizam a luta e ameaçam o futuro do país.A situação da educação também é alarmante. O PRONERA carece de orçamento suficiente para garantir ensino superior aos jovens do campo. A Política Nacional de Educação do Campo enfrenta o fechamento acelerado de escolas e a falta de estrutura para garantir o direito à educação nas comunidades rurais. A juventude camponesa quer permanecer no campo, mas o Estado não oferece as condições básicas para isso.Apesar de tantos desafios, seguimos comprometidos com a construção de um Brasil mais justo. Participamos ativamente da campanha pela taxação dos super-ricos, pela redução da jornada de trabalho e pelo Plebiscito Popular por um Brasil Mais Justo. 
    A vitória de Lula em 2022 foi uma conquista das forças populares, das mulheres, da juventude, da população negra, LGBTQIA+, indígena e trabalhadora – que agora exige respostas concretas do governo que ajudou a eleger.Por fim, reafirmamos nossa luta por uma Reforma Agrária Popular como caminho necessário para um país soberano, com justiça social, cuidado ambiental e distribuição de riquezas. É hora do governo cumprir seu compromisso histórico, destinando terras, orçamento e políticas públicas à altura das necessidades do povo do campo. Não podemos mais esperar. A terra é nossa, a vida é urgente, e a luta continua.

sábado, 12 de julho de 2025

✊ Unidos por justiça: o momento é agora

Na quinta-feira, 10 de julho de 2025, centenas de trabalhadores se reuniram na Praça Ary Coelho, no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua 14 de Julho, em Campo Grande, no ato nacional intitulado “Congresso Inimigo do Povo”. Com vozes que ecoaram por diferentes gerações e origens — jovens, indígenas, trans, evangélicos e muito mais —, foi levantada uma pauta poderosa: a taxação dos super‑ricos e o fim da jornada de trabalho 6×1.

O que está em jogo?

  1. Taxação dos super‑ricos
    A carga tributária brasileira tem sido sentida sobretudo por quem trabalha duro no seu dia a dia, enquanto os mais ricos conseguem escapar da proporcionalidade justa . É hora de reequilibrar essa balança e reduzir a desigualdade.

  2. Fim da jornada 6×1
    Exigir seis dias de trabalho por apenas um de descanso é sacrificar dignidade, saúde e tempo com a família. Esse modelo exaustivo tem sido debatido pelo Movimento Vida Além do Trabalho, que aponta os danos físicos e emocionais gerados pela escala atual.

Vozes que inspiram

A técnica de enfermagem Kensy Palácio afirma:

“É uma questão de sobrevivência, de vida… está na hora dos cidadãos… terem um pouco de tempo para viver, pra estudar, pra conquistar e curtir suas famílias”.

E Samanta Terena, indígena e trans, lembra com força:

“Nós não somos capacho de ninguém. O Brasil é soberano, o Brasil é indígena…” 

Essas palavras nos mostram que a luta por justiça social é plural, inclusiva e urgente.

Por que esse movimento importa?

  • Saúde e bem-estar: trabalhar menos e viver mais.

  • Equidade fiscal: quem mais tem, mais contribui.

  • Representatividade: território para todas as vozes, sem distinções.

  • Transformação social: é com pressão cidadã que mudamos a história do nosso país.

Como você também pode agir:

  1. Divulgue o movimento nas redes, converse com amigos e colegas.

  2. Apoie organizações que defendem trabalhadores, STF e PT têm levantado essa bandeira.

  3. Assine petições e participe de audiências públicas sobre a PEC da jornada.

  4. Vá às ruas ou eventos online — sua presença faz diferença.

  5. Compartilhe histórias reais como a da Kensy e da Samanta, para fortalecer nossa narrativa.

Vamos junto?

Mais do que gritos e cartazes, esse movimento é uma convocação para construir um Brasil mais justo — onde você tenha tempo pra viver, estudar, cuidar, amar. Onde o peso do imposto seja repartido de forma responsável. Onde todas as identidades sejam respeitadas.

O momento é agora. A manifestação foi apenas o começo. A mudança começa com cada um de nós, com cada passo, cada voz, cada post, cada assinatura.

Convidamos você: faça parte dessa onda de esperança e luta!

#TaxaçãoJusta #FimDa6x1 #CongressoInimigoDoPovo #JustiçaJá

sexta-feira, 11 de julho de 2025

MS Qualifica oferece cursos gratuitos e transforma vidas em Mato Grosso do Sul

 


Capacitação profissional, incentivo ao empreendedorismo e promoção da mobilidade social. Esses são os pilares do MS Qualifica, programa que oferece cursos gratuitos em Campo Grande e no interior de Mato Grosso do Sul. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos) e a Funtrab (Fundação do Trabalho de MS).

Os cursos são voltados especialmente aos beneficiários do programa Mais Social, mas também estão abertos a outros interessados. Apenas entre os inscritos no Mais Social, já são mais de 5 mil pré-inscrições em mais de 110 opções de qualificação, com destaque para as áreas de beleza e gastronomia — as mais procuradas.

Em Ponta Porã, Livrada Carvalho é um exemplo de quem aproveitou a oportunidade. Beneficiária do Mais Social, ela se inscreveu no curso de bolo de pote com o objetivo de gerar renda. “No momento, estou desempregada. O benefício do Mais Social já ajuda muito, e esse curso me interessou porque gosto de vender. Também me inscrevi no de salgado. Quero fazer todos que puder”, relata.

Essa foi a primeira experiência de Livrada com um curso de culinária. “Gosto de cozinhar, mas só sei o básico. Se fosse para pagar, eu não teria condições”, conta.

Já Alex Divino da Cruz, único homem da turma, também vê nos cursos uma chance de mudar de vida. “Quero aprender para futuramente empreender, fazer doces e salgados, e conquistar minha renda. Estou disposto a fazer tudo o que puder para construir meu futuro”, afirma.

A turma de Livrada e Alex aprendeu a preparar diferentes tipos de bolo de pote, sob a orientação da professora de gastronomia do Senac Letícia Soares. “Eles aprenderam duas massas – pão de ló tradicional e de chocolate – além de recheios como ganache de chocolate branco e ao leite. A ideia é dar uma base para que possam usar a criatividade e criar suas próprias receitas”, explica.

Letícia destaca que adapta o conteúdo para a realidade dos alunos, utilizando ingredientes acessíveis e incentivando alternativas econômicas. “Se uso algo muito caro, pode desanimar. Então mostro possibilidades reais de empreender com baixo custo, para que possam começar mesmo de casa”, diz.

Segundo ela, a procura pelos cursos tem sido intensa. “É gratificante ver pessoas querendo estudar, aprender e transformar suas vidas. O mais motivador é ver alunos saindo daqui dizendo: ‘quero estudar mais’.”

As pré-inscrições podem ser feitas pelo site: https://ww3.ms.senac.br/cursos/ms-qualifica. A matrícula é finalizada presencialmente, no primeiro dia de aula, no local do curso.